quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Sobre minhas marés...

     
      Fazer passeios de barco me fascina. Não é uma coisa que eu faça com frequência , mas sempre que vou, sonho em não precisar voltar a pisar na areia seca. Há quem diga que em outra vida fui de família de pescadores ou algo do tipo. Eu discordo, acho somente que eu e o mar somos irmãos. Somos iguais.
      Nos dois somos um tanto quanto incompreendidos pela intensidade do nosso amor. Mas eu posso nos defender, é algo tão grande que é maior que a razão. Nos sabemos que quando alguém quer ir embora e precisa nos deixar, nos realmente devemos deixá-la ir sem tentar trazê-la de volta com nossas marés puxadas demais. É que sempre queremos mais um abraço. E outro. E outro. E... por que não ficar?
      Nossos carinhos as vezes machucam, as vezes afogam... Mas é que temos tanto para dar que não sabemos dosar até onde nossas carícias serão agradáveis.
      Nossa inconstância assusta, eu sei. Mas não seríamos interessantes se fossemos sempre a mesma coisa. Se for para se incomodar com a turbulência e com a temperatura fria de nossas marés, melhor seria uma banheira aquecida. Afinal, ela é bem mais previsível.
      Que graça tem uma banheira se são as ondas que nos fazem melhor? São elas que não te deixam relaxar quando não se pode relaxar. E te lembram que a vida não é um mar de rosas, é de água mesmo, que acaricia e alerta que as coisas não são assim tão fáceis. Eu, o mar e nosso inocente egoísmo não sabemos amar. Mas amamos mesmo assim

5 comentários:

  1. maaar, tantas ondas do mar, tantas coisas do marrr, que o mar carregoou! kkk eu fiz isso quando eu tinha dez anos! KKKKKKKKKKKKK MORRI xp

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  2. encanto-me cada vez mais *_*

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  3. aah, mais um! todos reclamam dos meus abraços de urso e todos reclamam dizendo que eu sou chata e insistente por não deixá-los ir em boa hora.. :( me identifico com o mar aí! D: só o mar me entende!

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